Se uma doença não tem cura, o portador do agravo (doença) poderá necessitar de cuidados paliativos que significa promover uma boa vida na eminência da morte. Quando as pessoas enfrentam o fim de suas vidas, as mudanças dos tratamentos de cura podem ser desafiadoras e angustiantes.
Os profissionais que atuam em cuidados paliativos ajudam a criar um ambiente confortável para os doentes nos estágios finais da vida e para seus familiares.
Cuidados paliativos são cuidados direcionados a indivíduos que estão nos estágios finais de uma doença incurável. O objetivo é garantir que possam ser capazes de viver seus últimos dias o mais plenamente possível.
Os Cuidados Paliativos têm sua origem no Movimento Hospice, criado por Cecily Saunders e colaboradores, que foram responsáveis pela disseminação dessa filosofia do cuidar, em nível mundial, a qual contém dois elementos essenciais. O primeiro refere-se ao controle efetivo da dor e de outros sintomas, decorrentes dos tratamentos em fase avançada de doenças; o segundo diz respeito aos cuidados (que abrangem as dimensões psicológicas, sociais e espirituais de pacientes e de sua família).
Profissionais que atuam em cuidados paliativos não curam doenças. Em vez disso, eles tratam os sintomas do indivíduo doente, para melhorar sua qualidade de vida, uma vez que o indivíduo em cuidados paliativos em sua maioria é portador de uma doença incurável. Eles também incluem membros da família e cuidadores nas decisões que afetam o cuidado de uma pessoa.
Os Cuidados Paliativos têm como princípios: a afirmação da vida e enfrentamento da morte como um processo natural; o não adiamento e prolongamento da morte; a promoção de alívio da dor e de outros sintomas.
As pessoas podem receber cuidados paliativos nas seguintes situações:
- ⇒em casa
- ⇒no Hospital
- ⇒em um estabelecimento de assistência prolongada, como um lar de idosos
- em um centro especializado em cuidados paliativos
No entanto, a melhor forma para o paciente de receber os cuidados paliativos é em sua residência junto de seus familiares cercado de carinho e amor.
O vocábulo paliativo deriva de pallium, palavra latina que significa capa (manto) e que fornece uma excelente imagem para os cuidados paliativos: um manto protetor e acolhedor, que ocultaria o que está subjacente; no caso, os sintomas que emergem da progressão da doença. Nessa filosofia do cuidar, a assistência ao paciente visa o alívio da dor, a diminuição do desconforto e, sobretudo a minimização de outros sintomas, decorrentes dos tratamentos em fase avançada das doenças, possibilitando-o situar-se diante do momento final da vida.
Cuidados paliativos não são direcionados apenas a portadores de câncer em fase terminal, este tipo de cuidado pode beneficiar portadores de doença renal, pulmonar e cardíaca em estágio avançado e pessoas com condições neurológicas avançadas, como a doença de Alzheimer.
Quando deve começar?
Os cuidados paliativos tem início quando a doença se torna tão grave, que não é mais curável e não é possível controlá-la.
Os cuidados paliativos geralmente são indicados nos seguintes casos:
- ⇒Quando o portador de uma determinada doença tem pouco tempo de vida;
- ⇒Quando a equipe de saúde não está vendo melhorias no tratamento de uma doença grave, e após o tratamento, sua qualidade de vida diminui rapidamente
- ⇒Quando o paciente decide parar os tratamentos para prolongar sua vida (em alguns países é permitido).
Os cuidados paliativos promovem:
- ⇒controle e manejo de sintomas, também conhecidos como cuidados paliativos
- ⇒controle da dor
- ⇒gerenciamento de estresse e apoio emocional ao paciente e familiares
- ⇒apoio espiritual
O gerenciamento de sintomas não envolve o tratamento direto da doença, como o uso de quimioterapia para tratar o câncer. Em vez disso, os cuidados paliativos ajudam a aliviar os sintomas para garantir que a pessoa possa viver confortavelmente seus dias finais.
Para as pessoas que enfrentam os estágios finais de uma doença terminal, os cuidados paliativos podem ajudar a aliviar a dor, desconforto e outros sintomas. Esse tipo de atendimento pode ajudar as pessoas a viverem seus dias finais da maneira mais plena e confortável possível.
Enquanto tratam os sintomas, as equipes de cuidados paliativos também se comunicam com os membros da família e fornecem apoio 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Os profissionais de cuidados paliativos devem fornecem apoio emocional a pessoas terminais e suas famílias, antes e depois da morte.
Fonte:
DE CUIDADOS PALIATIVOS, Sociedad Española. Cuidados paliativos. Madrid: Ministerio de Sanidad y Consumo, 1993.
BARBOSA, António; NETO, Isabel. Manual de cuidados paliativos. Lisboa: Faculdade de Medicina de Lisboa, v. 200, 2006.
MATSUMOTO, Dalva Yukie. Cuidados paliativos: conceitos, fundamentos e princípios. Manual de cuidados paliativos ANCP, v. 2, p. 23-24, 2012.
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