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Perda de olfato – Fatores causais

A Hiposmia, é uma condição onde ocorre a perda parcial do olfato pode ser uma condição perturbadora e deve ser investigada em sua ocorrência. Esse distúrbio afeta a capacidade de sentir o cheiro e sabor dos alimentos.

A Hiposmia, é uma condição, onde ocorre a perda parcial do olfato. Esse distúrbio afeta a capacidade de sentir o cheiro e sabor dos alimentos.

Quando sentimos o cheiro de um alimento, logo pensamos no sabor do mesmo e isso ocorre por uma combinação de sensações, que são provenientes de nossas papilas olfativas de gustativas.

O olfato tem um importante papel no sabor dos alimentos, a perda deste sentido, pode alterar o sabor da comida. O portador de hiposmia geralmente queixa-se do gosto dos alimentos, acreditando que tem um problema com o sentido gustativo e não olfativo.

As pessoas podem perder algumas de suas capacidades sentir os cheiros por várias razões entre elas:

  • alergias
  • ferimentos na cabeça
  • infecções, como gripe
  • pólipos nasais
  • desvio de septo

Problemas crônicos dos seios nasais, como  sinusite crônica também são  associados a distúrbios no sentido do olfato.

Quando os sinos nasais permanecem obstruídos, inchados e cheios de muco por mais de 12 semanas, apesar do tratamento, o processo infeccioso em curso pode danificar as células olfativas.

Especialistas afirmam,  que reduzir essa inflamação pode melhorar o sentido do cheiro.

Algumas drogas também afetam a sensação de gosto ou cheiro, e algumas dessas drogas podem causar hiposmia, as mais comuns são:

– Antibióticos como ampicilina e tetraciclina

– Ansiolíticos como a amitriptilina

– Anti histamínicos como a loratadina

Outros fatores como  exposição a longo prazo a determinados produtos químicos, tabagismo ou uso de drogas ilícitas, como a cocaína  podem afetar o olfato.

A idade é outro fator responsável pela perda parcial do sentido do olfato. De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço, o olfato está em perfeito estado dos 30 aos 60 anos sendo que após os 60 anos começa a diminuir. Por isso, algum grau de hiposmia é comum no processo de envelhecimento, afetando  39% dos indivíduos com mais de 80 anos.

A hiposmia também pode ser um sinal de outros distúrbios de saúde, entre eles:

– Mal de Parkinson

– Esclerose múltipla

– Doença de Alzheimer

– Obesidade

– Diabetes tipo I

– Hipertensão arterial

Devido ao vínculo entre hiposmia e doença de Parkinson, um teste para avaliar o olfato, poderia potencialmente levar ao diagnóstico precoce da doença – no paciente com Parkinson o olfato encontra-se reduzido.

Vários estudos, identificaram que portadores de com diabetes tipo 1 podem ter problemas para detectar e distinguir aromas, isso é decorrente da presença de neuropatia periférica, que interfere na sensação olfativa.

A hiposmia, geralmente melhora sem tratamento, especialmente se for causada por alergias sazonais ou uma infecção do trato respiratório. Uma pessoa que percebe olfato  reduzido quando resfriado, geralmente retorna ao normal alguns dias ou semanas depois de se recuperar.

Quando a hiposmia é causada por uma lesão na cabeça ou uma lesão inflamatória significativa nas células envolvidas no cheiro, uma recuperação completa pode não ser possível, mesmo com a cirurgia.

No entanto, alguns medicamentos e a reconversão do sentido do cheiro provaram ser úteis para pessoas com hiposmia.

Já a anosmia é uma condição relacionada a perda completa do olfato.

Algumas pessoas nascem com essa condição, de forma congênita. No entanto, é frequentemente causada por lesões na cabeça ou problemas com os seios nasais. Esses problemas podem incluir doença inflamatória nasal ou sinusal crônica ou uma infecção viral grave do trato respiratório superior.

O ser humano tem uma capacidade olfativa, podendo identificar de 10.000 à 100.000.000 de odores diferentes. Essa informação sensorial tem um papel fundamental na qualidade de vida e segurança de um indivíduo.

Como exemplo, os aromas atraentes nos encorajam a comer e os cheiros desagradáveis nos ​​alertam contra os perigos como,  fogo, produtos químicos tóxicos ou alimentos ruins.

Os cheiros também criam conexões com pessoas e lugares, como a lembrança de alguém devido ao seu perfume ou memórias do litoral ou do campo, de nossa mãe, ou filhos..

Quando a hiposmia limita essas habilidades, é necessário buscar ajuda médica,  para evitar o isolamento e ameaças ao seu bem-estar físico.

A perda de cheiro pode responder bem ao tratamento, especialmente se for logo após o problema começar. O médico indicado neste caso é o otorrinolaringologista.

Tratamento

O diagnóstico e o tratamento, geralmente começam com um exame físico e a coleta do histórico do paciente, especialmente de problemas relacionados às vias aéreas superiores. Um médico examinará as passagens nasais, os seios nasais e a estrutura circundante. Em alguns casos pode ser solicitada uma endoscopia nasal.

Neste breve procedimento, um tubo longo e fino com uma câmera é inserido no nariz do paciente para observar as cavidades nasais e a presença de sinais de inchaço, sangramento, pus e possíveis tumores. Além de  bloqueios físicos que poderiam explicar a perda de cheiro, como pólipos, estruturas nasais aumentadas ou um septo nasal desviado.

Se esses testes forem negativos, pode ser solicitada Ressonância magnética  para procurar problemas nas áreas que detectam cheiros no cérebro.

Um teste denominado testes Sniffin ou Sticks pode  determinar se alguém tem anosmia ou hiposmia. Em casos de hiposmia, os testes irão medir a extensão da perda de cheiro.

No geral, medicação e cirurgia são usadas para tratar a hiposmia. A cirurgia pode ser um tratamento eficaz na presença de pólipos nasais, um septo desviado ou outros problemas que podem ser removidos ou reparados que estão causando a perda de cheiro.

Medicamentos, como esteroides e anti-histamínicos, podem ser usados ​​para acalmar a inflamação quando as alergias ou infecções respiratórias são a causa.

Pessoas com hiposmia precisam ter cuidado para garantir que sua capacidade de cheiro reduzida não cause problemas adicionais de saúde e segurança.

É importante garantir, que a perda de cheiro não leve ao excesso de consumo de substâncias como sal e açúcar ã fim de melhorar o sabor dos alimentos.

O olfato é um sentido fundamental para a manutenção da qualidade de vida, devemos observar com atenção os casos de perda de apetite em idosos, se não são um problema na percepção de odores. Muitas vezes a recusa em se alimentar pode ter como responsável a presença de hiposmia ou anosmia. Nesse caso outro sentido deve ser estimulado, como a visão e paladar.

Espero que tenham gostado deste post e até a próxima.

Fonte:

www.medicalnewstoday.com/articles/319304.php

CARVALHO, Margarete de Jesus; BOSSONI, Alexandre Souza; BARBOSA, Egberto Reis. Disfunção Olfativa e Demência na Doença de Parkinson. Boletim Neuro Atual, v. 6, n. 1, 2014.

CARDOSO, Sabrina Vilanova. Hiposmia: correlação com o desempenho cognitivo em pacientes com doença e Parkinson. 2016.

FORNAZIERI, Marco Aurelio. Validação do teste de identificação do olfato da Universidade da Pensilvânia (UPSIT) para brasileiros. 2013. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

Créditos imagem:

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