Medicina alternativa é um termo que descreve tratamentos médicos que são usados em vez de terapias tradicionais. Algumas pessoas referem-se a esse tipo de terapia como como “integrativa” ou “complementar”.
Cerca de 40% dos adultos em países desenvolvidos como nos Estados Unidos utilizam alguma forma de medicina alternativa.
Mas, que tipos de terapias são consideradas alternativas?
A definição muda à medida que os médicos e profissionais de saúde experimentam utilizam este tipo de terapia em seus pacientes.
1. Biofeedback
As técnicas de biofeedback permitem que as pessoas aprendam a controlar seus processos fisiológicos que ocorrem involuntariamente – como frequência cardíaca, pressão arterial, tensão muscular e temperatura da pele – objetiva melhorar as condições funcionais , incluindo pressão alta, dores de cabeça e dor crônica.
Os pacientes atuam com um terapeuta de biofeedback aprendendo técnicas de relaxamento e exercícios mentais.
Nas sessões iniciais, os eletrodos são ligados à pele para medir estados corporais, mas eventualmente as técnicas podem ser praticadas sem terapeuta ou equipamento.
O relaxamento parece ser um componente chave, pois a maioria das pessoas que se beneficiam da prática são portadores de agravos causados ou exacerbados pelo estresse.
O biofeedback é uma técnica utilizada para informar aos seres humanos alguns de seus eventos fisiológicos internos, normais e anormais, na forma de sinais visuais e auditivos, de modo a ensiná-los a manipular estes eventos, mediante a manipulação dos sinais exibidos.
Pode ser usado para ensinar o indivíduo a controlar os movimentos, atividade muscular, força, deslocamento articular, pressão arterial, respiração, esfíncteres, entre outras informações fisiológicas, mediante a amplificação e exibição destas informações, de modo que o paciente possa aprender a controlar estes sinais.
2. Quiropraxia
Quiropraxia é bastante aceita por profissionais de saúde, e se qualifica como medicina “complementar”.
A prática centra-se em tratar distúrbios do sistema músculo-esquelético e nervoso, como dor nas costas, pescoço, em articulações braços, pernas e cabeça.
O procedimento mais comum realizado por quiropráticos é “manipulação espinhal” (aka um “ajuste”), que envolve a aplicação de força controlada (normalmente as mãos do quiroprático) para articulações que se tornaram rígidas.
A quiropraxia baseia-se em técnicas de ajustes quiropráxicos, que devolvem os movimentos artrocinemáticos, micromovimentos normais à coluna vertebral, reduzindo a compressão neural responsável pela sintomatologia dolorosa daquele determinado dermatómo.
Sua aplicação se destina quando os tecidos circundantes são pressionados durante um único evento (lesão de um músculo durante uma sessão de levantamento de peso) ou através de estresse repetitivo (má postura por longos períodos).
Os Quiropráticos promovem ajustes da área afetada objetivando restaurar a mobilidade e relaxar os músculos, permitindo que os tecidos se reorganizem à fim de sanar a dor e melhorar a lesão.
Estudos realizados com a aplicação de quiropraxia afirmam sua eficácia, sugerindo que a prática pode diminuir a dor e melhorar o funcionamento físico
3. Homeopatia
A homeopatia segue a mesma linha da vacinação e baseia-se no princípio do tratamento “semelhante cura semelhante”, o que significa que a mesma substância que causa reações adversas quando tomado em grandes doses pode ser usada em pequenas quantidades para tratar os mesmos sintomas.
Este conceito é muito utilizado na medicina tradicional no tratamento de alergias. Médicos homeopatas coletam informações extensas de pacientes a serem tratados, antes de iniciarem o tratamento homeopático que consiste na administração de substâncias altamente diluídas, na forma de líquido ou comprimido estimulando o organismo a se ajustar e promover a cura.
Homeopatia é uma prática segura, barata e que se propõe a entender e tratar o binômio doente-doença segundo uma abordagem global e integrativa, valorizando os diversos aspectos da individualidade do paciente.
Considerando o ser humano como uma entidade complexa, a concepção filosófica do modelo homeopático atribui ao corpo biológico uma natureza dinâmica físico-vital, na qual os pensamentos e sentimentos interagem com os sistemas e funções orgânicas, tornando a individualidade mais ou menos suscetível ao patológico.
Resultante desta concepção holística do processo saúde-doença, a prática homeopática valoriza os múltiplos aspectos do indivíduo doente (nas esferas bio-psico-sócio-espirituais), compondo um “quadro sintomático sindrômico da individualidade” que englobe as características peculiares das diversas esferas humanas (totalidade ou conjunto de sintomas).
No intuito de restabelecer o equilíbrio orgânico vital, a arte de curar homeopática deve ser capaz de identificar a suscetibilidade mórbida individual, na compreensão dos sintomas característicos (psíquicos, emocionais, gerais e físicos) apresentados pelo doente a fim de escolher, uma terapêutica direcionada a necessidade individual.
4. Naturopatia
A medicina naturopática é baseada no poder de cura pela natureza.
Profissionais de saúde naturopatas são treinados em terapêuticas convencionais e alternativas, e procuram compreender a causa de uma doença, explorando suas manifestações mentais, físicas e espirituais em um determinado paciente .
A naturopatia envolve uma variedade de técnicas de tratamento que inclui nutrição, mudança de comportamento, fitoterapia, homeopatia e acupuntura.
Esta prática envolve terapias diferentes, um estudo que avaliou a prática de dor lombar encontrou resultados positivos nesta terapêutica.
Naturopatia é uma terapia holística cujas técnicas são essencialmente baseadas na medicina natural. Naturopatas acreditam que a natureza é cheia de poder de cura e o corpo tem a capacidade de se manter saudável, apesar do fato de que estamos suscetíveis em adoecer vária vezes.
Fitoterapia é um dos métodos de naturopatia. Esta terapia envolve a preparação e uso deplantas para fins medicinais.
Leia mais sobre este assunto: Terapias alternativas – Indicações
Fonte:
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